MS Contabilidade | Junho 2025
A Reforma Tributária é, sem dúvidas, uma das mudanças mais profundas e estruturais já propostas no sistema de arrecadação brasileiro. A partir de 2026, com sua entrada em fase de testes, empresas de todos os portes terão que repensar suas estratégias — especialmente quando o assunto é tomada de decisão.
Mas afinal, como exatamente a Reforma Tributária vai influenciar as decisões do dia a dia empresarial?
Neste artigo, a MS Contabilidade explica de forma objetiva os principais pontos que exigirão atenção estratégica, planejamento e adaptação por parte de empresários, contadores e gestores financeiros.
📌 1. Decisões baseadas em estrutura de custos e créditos tributários
Uma das mudanças mais significativas da Reforma é o modelo de crédito amplo e não cumulativo para os novos tributos IBS (estadual/municipal) e CBS (federal). Isso significa que empresas poderão recuperar o valor do imposto pago em praticamente toda a cadeia de insumos e serviços.
Na prática:
- Empresas com cadeias longas de produção terão maior recuperação de crédito.
- Prestadores de serviço com baixa estrutura de custo poderão ter aumento de carga tributária.
👉 Tomada de decisão afetada:
Empresas precisarão revisar profundamente estrutura de compras, contratos com fornecedores e formação de preços, analisando a captação de créditos fiscais como critério estratégico.
📌 2. Precificação: nova lógica de composição tributária
Hoje, muitas empresas formam seus preços já com os tributos embutidos de maneira acumulativa. Com a Reforma, essa lógica muda: os impostos passam a incidir sobre o valor agregado, com alÃquota única e direta.
O que muda:
- Maior transparência do imposto nas notas fiscais.
- Necessidade de reavaliar margens, repasses e competitividade.
👉 Tomada de decisão afetada:
Empresas precisarão rever tabelas de preços, calcular o efeito da alÃquota efetiva sobre seus produtos/serviços e decidir se repassam ou absorvem custos.
📌 3. Localização e operações interestaduais
A Reforma adota a tributação no destino, ou seja, o imposto vai para onde o produto é consumido — não onde é produzido ou vendido.
Impacto direto:
- Estratégias de filiais e centros de distribuição podem perder relevância fiscal.
- Estados produtores tendem a perder receita; os consumidores ganham arrecadação.
👉 Tomada de decisão afetada:
Empresas precisarão reavaliar sua geolocalização logÃstica e tributária, considerando que a vantagem fiscal de se estabelecer em certos estados ou cidades será reduzida.
📌 4. Simples Nacional: quando (e se) ainda vale a pena
Empresas optantes pelo Simples Nacional continuarão existindo, mas com alterações no regime nos próximos anos. Além disso, haverá situações em que ser optante pode não ser mais vantajoso sob a ótica do novo sistema.
Fatores de risco:
- Custo oculto por não aproveitamento de créditos;
- Clientes que podem preferir contratar quem permite crédito de IBS/CBS.
👉 Tomada de decisão afetada:
Empresas terão que analisar cenários comparativos entre Simples, Lucro Presumido e Lucro Real, com foco em impacto lÃquido final (inclusive efeito sobre a cadeia).
📌 5. Tecnologia fiscal e compliance: novos requisitos para decidir com segurança
A digitalização do sistema é outro pilar da Reforma. Ferramentas como:
- Nota Fiscal nacional padronizada
- Split Payment (pagamento automático do tributo)
- Declarações pré-preenchidas
- Plataforma integrada da Receita Federal
vão exigir que as empresas estejam preparadas tecnologicamente.
👉 Tomada de decisão afetada:
Decisores terão que investir em sistemas ERP atualizados, integração contábil-fiscal, e garantir que a área de TI esteja alinhada com o fiscal.
📌 6. Impacto setorial: decisões por segmento
Alguns setores serão mais impactados que outros. Exemplos:
Setor | Tendência |
---|---|
Indústria | Tendência de redução da carga tributária |
Serviços | Aumento relativo da carga, principalmente em atividades com baixa despesa |
Comércio varejista | Redução da cumulatividade; mais transparência |
Tecnologia & SaaS | Extinção de benefÃcios regionais e desafios com alÃquota cheia |
👉 Tomada de decisão afetada:
Empresas precisam realizar diagnósticos por setor, simulando impacto e ajustando estratégias operacionais, fiscais e contratuais.
📌 7. Planejamento de contratos e cláusulas tributárias
A nova legislação impactará cláusulas contratuais como:
- Responsabilidade tributária
- Repasses
- Redação de preços lÃquidos e brutos
- Regras de reajuste e substituição de tributos
👉 Tomada de decisão afetada:
Empresas devem revisar contratos vigentes, reavaliar cláusulas fiscais e preparar modelos atualizados de contrato com base no novo regime.
📌 8. Avaliação de investimentos e novos negócios
Ao mudar a carga tributária e sua distribuição, a Reforma altera também os critérios de decisão para:
- Abrir uma filial
- Expandir produção
- Comprar ou vender ativos
- Investir em equipamentos
👉 Tomada de decisão afetada:
Será necessário refazer análises de viabilidade econômica, incorporando o novo regime e possÃveis incentivos substitutivos.
📌 9. Necessidade de equipes mais preparadas
Contadores, analistas fiscais e gestores precisarão entender não apenas a aplicação prática das novas regras, mas também sua implicação estratégica.
👉 Tomada de decisão afetada:
LÃderes precisarão investir em capacitação, integrar mais a área contábil com a área de gestão e finanças, e buscar consultoria especializada para orientar a transição.
🧠Conclusão: A Reforma exige mais estratégia do que nunca
A Reforma Tributária não é apenas uma mudança contábil.
É uma virada de chave na forma como o Brasil estrutura o consumo, a arrecadação e a atividade econômica.
Empresas que entenderem isso desde já estarão à frente — seja na precificação, na eficiência fiscal ou na segurança jurÃdica.
📣 A MS Contabilidade está pronta para te ajudar
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