A Reforma Tributária de 2025 trouxe uma mudança inédita para o sistema tributário brasileiro: o Split Payment. Esse modelo de pagamento dividido vai transformar a forma como os impostos são recolhidos e terá impacto direto no fluxo de caixa das empresas. Mas afinal, como ele irá funcionar? E o que o empresário precisa saber para se preparar?

O que é o Split Payment?
O Split Payment, ou pagamento dividido, é um mecanismo em que os impostos não passam mais pela empresa. Assim que o cliente paga a nota fiscal, a parte referente ao tributo é separada automaticamente e enviada ao governo, enquanto apenas o valor líquido da venda vai para o caixa da empresa.
👉 Exemplo prático:
- Venda: R$ 1.000,00
- Alíquota IBS + CBS: 25%
- Empresa recebe: R$ 750,00
- Governo recebe automaticamente: R$ 250,00
Como ele vai funcionar na prática

- Venda registrada → a nota fiscal será emitida já com destaque para IBS e CBS.
- Pagamento recebido → no momento em que o cliente pagar, o sistema bancário separará automaticamente a parte dos tributos.
- Recolhimento automático → a parcela dos impostos irá direto para os cofres do governo.
- Liquidez imediata reduzida → a empresa recebe apenas o valor líquido, sem o “prazo de fôlego” que tinha antes para pagar tributos.
Objetivo do Split Payment
O principal objetivo do governo com esse modelo é reduzir a inadimplência tributária e evitar que empresas deixem de repassar ao fisco os valores arrecadados. Na prática, isso aumenta a segurança da arrecadação, mas transfere para o empresário a responsabilidade de se reorganizar para lidar com a perda de liquidez.
Impactos esperados nas empresas
- Menos caixa disponível: o imposto é retido na hora, reduzindo o dinheiro que entra.
- Maior necessidade de capital de giro: empresas precisarão de reservas maiores para manter suas operações.
- Pressão sobre setores de baixa margem: comércio, atacado e distribuição sentirão o efeito com mais força.
- Necessidade de tecnologia: integração de sistemas fiscais e bancários será indispensável.
Como as empresas podem se preparar

- Simular cenários aplicando a alíquota de referência (25%–27%) no faturamento.
- Reforçar o capital de giro para suportar a retenção imediata.
- Revisar contratos e incluir cláusulas de recomposição tributária.
- Investir em tecnologia fiscal para acompanhar créditos e movimentações em tempo real.
- Planejamento tributário contínuo, avaliando o regime mais adequado (Simples, Presumido, Real).
Conclusão: o Split Payment é inevitável

O Split Payment vai mudar radicalmente a relação entre empresas e governo. Se por um lado traz mais transparência e segurança na arrecadação, por outro coloca pressão direta sobre o caixa dos negócios. A diferença estará entre quem se prepara com planejamento e reservas financeiras e quem espera a mudança bater à porta.
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