A Reforma Tributária está chegando e promete transformar o sistema de cobrança de impostos no Brasil. Para as farmácias, que já lidam com uma rotina complexa de tributos como PIS, Cofins, IPI e ICMS, entender essas mudanças é essencial para manter a competitividade e não perder margem de lucro. O setor precisa se organizar agora para que a transição não traga prejuízos e sim oportunidades.
O que muda com a Reforma Tributária para farmácias
Com a Reforma, tributos como PIS, Cofins, IPI e ICMS serão substituídos por dois impostos principais: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de responsabilidade federal, que unificará PIS e Cofins, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), de competência estadual e municipal, que substituirá o ICMS e o ISS. Além disso, será criado o Imposto Seletivo (IS), destinado a desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, o que pode afetar alguns itens vendidos em farmácias.
Boas notícias: alíquota zero para medicamentos essenciais
Uma das maiores vantagens para o setor farmacêutico será a isenção de tributos sobre medicamentos considerados essenciais, como tratamentos oncológicos e remédios para doenças raras. Essa medida visa ampliar o acesso da população a medicamentos fundamentais e, ao mesmo tempo, pode beneficiar farmácias ao reduzir custos e tornar seus preços mais competitivos.
Período de transição: como será
A mudança não acontecerá de uma vez só. A transição começará em 2026 com a aplicação de alíquotas simbólicas para adaptação, avançará ao longo dos anos e só será concluída em 2033, quando o sistema atual será substituído por completo. Durante esse período, as farmácias precisarão ajustar processos internos, treinar equipes e atualizar seus sistemas de gestão para garantir conformidade e evitar problemas fiscais.
Como as farmácias podem se preparar na prática
O primeiro passo é atualizar o sistema de gestão (ERP) para que ele esteja apto a emitir notas fiscais já adaptadas aos novos tributos IBS e CBS, integrando automaticamente essas informações. Em paralelo, é fundamental investir no treinamento das equipes de compras, fiscal e financeiro para que compreendam as mudanças e saibam aplicá-las corretamente no dia a dia. Outro ponto importante é revisar contratos com fornecedores, considerando os novos impactos tributários nos preços. Além disso, gestores devem ficar atentos a oportunidades estratégicas, como a exploração de benefícios setoriais e regionais que podem reduzir a carga tributária.
Conclusão: reagindo com estratégia e confiança
A Reforma Tributária traz desafios significativos para o setor farmacêutico, mas também oferece grandes oportunidades para quem se prepara. Farmácias que investirem em tecnologia, treinamento de equipe e planejamento tributário terão mais condições de crescer e se manter competitivas mesmo em meio a tantas mudanças. O momento de agir é agora. Preparar a sua farmácia em 2025 é garantir que ela continue crescendo em 2033 e além.