A Reforma Tributária de 2025 é considerada a maior transformação no sistema de impostos do Brasil nas últimas décadas. O objetivo é simplificar a cobrança, reduzir a burocracia e trazer mais transparência. Mas a pergunta que todo empresário faz é: o que realmente muda na prática?
A resposta envolve tributos, fluxo de caixa, contratos e até a forma como as empresas vão precificar produtos e serviços. Se você é dono de negócio, precisa entender essas mudanças para não ser pego de surpresa.

Os novos tributos: IBS, CBS e Imposto Seletivo
A primeira grande mudança é a substituição de diversos tributos atuais. O PIS, Cofins, ICMS e ISS deixam de existir e dão lugar a dois impostos principais:
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) → de competência federal, substitui PIS e Cofins.
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) → de competência estadual e municipal, substitui ICMS e ISS.
- Imposto Seletivo (IS) → voltado para desestimular produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas.
O Split Payment: o imposto descontado na hora

Outra grande mudança é o Split Payment, ou pagamento dividido. Nesse modelo, quando o cliente paga uma compra, os impostos são separados automaticamente e enviados direto para o governo. Ou seja, a empresa não recebe o valor bruto da venda, mas apenas o líquido.
Isso significa menos fôlego no caixa e necessidade de maior capital de giro para manter as operações.
Linha do tempo da transição
- 2026 → alíquota simbólica de 1% para adaptação.
- 2027 → extinção do PIS e Cofins, com entrada plena da CBS.
- 2029 a 2032 → substituição gradual do ICMS e ISS pelo IBS.
- 2033 → sistema consolidado, apenas IBS, CBS e Imposto Seletivo em vigor.
O Simples Nacional: puro ou híbrido?

As empresas do Simples Nacional terão duas opções:
- Simples Puro → segue como hoje, recolhendo todos os tributos em guia única.
- Simples Híbrido → parte dos tributos será pelo Simples e parte pelo IBS/CBS, permitindo aproveitamento de créditos tributários.
Essa escolha será estratégica e exigirá análise cuidadosa.
Quem pode ser mais impactado
- Setor de serviços: tende a sofrer aumento de carga, já que perderá benefícios como o Fator R.
- Comércio e atacado: precisarão de mais capital de giro devido ao Split Payment.
- Indústrias: terão mais créditos tributários, o que pode aliviar a carga.
- Drogarias e farmácias: medicamentos essenciais terão alíquota zero, mas cosméticos e perfumaria podem sofrer aumento.
Como as empresas devem se preparar
- Simular cenários tributários para entender o impacto no faturamento.
- Revisar contratos e preços, prevendo cláusulas de recomposição tributária.
- Reforçar o capital de giro para lidar com o Split Payment.
- Atualizar sistemas de gestão para emitir notas adaptadas ao IBS e CBS.
- Investir em planejamento tributário contínuo, escolhendo o regime mais vantajoso.
Conclusão: a Reforma não é só mudança de imposto, é mudança de estratégia
A Reforma Tributária de 2025 vai muito além de trocar nomes de tributos. Ela muda a forma como o dinheiro entra no caixa, como contratos devem ser feitos e até como as empresas vão se posicionar no mercado.
👉 Quem se preparar agora vai transformar a Reforma em oportunidade. Quem deixar para depois pode perder margem, clientes e competitividade.
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