Como a Reforma Tributária Vai Impactar as Drogarias no Brasil

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Como a Reforma Tributária Vai Impactar as Drogarias no Brasil

Introdução

A Reforma Tributária, regulamentada pela Lei Complementar nº 214/2025, promete transformar a estrutura de tributos sobre o consumo no Brasil.
Setores essenciais como o farmacêutico — que engloba drogarias e farmácias — serão diretamente afetados.
As mudanças não se limitam à troca de tributos, mas envolvem alteração nas alíquotas, no cálculo de créditos e na emissão de notas fiscais.

Este artigo tem o objetivo de orientar empresários e gestores de drogarias sobre os impactos práticos da reforma e os caminhos para adaptação.

1. Fim do regime cumulativo (PIS/Cofins)

Atualmente, muitas drogarias optam pelo Lucro Presumido com apuração cumulativa de PIS e Cofins, o que significa que não há geração de crédito tributário.
Com a chegada da CBS, esse modelo deixa de existir. A CBS será não cumulativa, ou seja, toda compra passa a gerar crédito fiscal.

Isso muda o fluxo de caixa e a forma como as margens são calculadas, especialmente em produtos com alta rotatividade ou descontos agressivos.

2. Regime específico para medicamentos

Medicamentos estão entre os produtos que podem receber tratamento tributário diferenciado conforme previsto pela reforma.
O Comitê Gestor do IBS e a Receita Federal irão definir quais medicamentos terão alíquotas reduzidas ou zeradas, via regime específico (RE).

Porém, nem todos os produtos terão esse benefício, o que exige que as drogarias mantenham seus sistemas atualizados para identificar e separar corretamente cada operação.

3. Mudança na precificação com o fim do ICMS-ST

Atualmente, a precificação dos medicamentos considera o ICMS-ST (substituição tributária).
Com o IBS, o ICMS-ST será extinto progressivamente até 2033, e a apuração passará a ser feita diretamente pelo contribuinte.

Isso impacta:

  • O preço final ao consumidor
  • A gestão de estoque
  • E a margem de lucro

Exigindo revisão nos sistemas de precificação.

4. Adaptação dos sistemas de emissão de nota fiscal

Todas as drogarias precisarão atualizar seus emissores de NF-e e NFC-e com os campos de CBS e IBS.
A partir de 2026, a inclusão desses tributos será obrigatória, mesmo que em caráter simbólico.

Quem não se adequar:

  • Poderá ter suas notas rejeitadas
  • Correrá risco de autuação por informações inconsistentes

5. Impactos no estoque e cadeia logística

As regras de crédito de IBS e CBS afetam diretamente as compras, especialmente de fornecedores em outros estados ou com regimes especiais.

A gestão de estoque precisará considerar:

  • O tipo de operação
  • O crédito gerado
  • A correta tributação no momento da revenda

Erro na parametrização poderá gerar perda de crédito ou pagamento indevido de tributos.

6. Simples Nacional e as pequenas drogarias

Drogarias no Simples Nacional:

  • Não serão obrigadas a recolher IBS e CBS em 2026, mas
  • Precisarão se adequar aos novos leiautes

Em 2027, poderão optar pelo regime normal para gerar crédito para seus clientes.
Essa decisão precisa ser estratégica e baseada em simulações reais.

Aquelas que vendem para empresas que se creditam do IBS/CBS podem ter vantagem competitiva ao optar pela saída do Simples.

Conclusão

As drogarias terão um papel central na transição para o novo sistema tributário.
A Reforma Tributária traz tanto desafios operacionais quanto oportunidades estratégicas para empresas que se prepararem com antecedência.

A MS Contabilidade está preparada para ajudar sua drogaria a:

  • Entender
  • Planejar
  • E se adaptar à nova realidade tributária.

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O momento de se preparar é agora.

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