A Reforma Tributária de 2025 está mexendo com o bolso e as expectativas de todos os empresários, mas nenhum setor está tão apreensivo quanto o de prestadores de serviços. Profissionais como advogados, médicos, dentistas, consultores, representantes comerciais e empresas de tecnologia querem saber: a carga tributária vai aumentar?
A resposta não é tão simples. Mas uma coisa é certa: o impacto será grande, e quem não se preparar pode perder competitividade já nos próximos anos.

Como funciona a tributação dos serviços hoje?
Atualmente, a tributação dos serviços depende do regime escolhido:
- Simples Nacional → com a regra do Fator R, empresas com folha de pagamento alta conseguem reduzir a alíquota migrando do Anexo V para o Anexo III.
- Lucro Presumido → serviços são tributados com presunção de 32% sobre a receita bruta, mesmo que a margem seja menor.
- Lucro Real → baseia-se no lucro efetivo, mas exige controle contábil rigoroso.
Esse cenário já gera desafios, especialmente para empresas de serviços intelectuais, onde a folha de pagamento costuma ser o maior custo.
O que muda com a Reforma Tributária?
Com a Reforma, o sistema de ISS, PIS e Cofins será substituído pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
Isso traz algumas consequências diretas:
- Fim do Fator R → empresas de serviços que hoje conseguem reduzir a carga tributária com folha alta vão perder essa vantagem.
- Alíquota única estimada entre 25% e 27% → serviços que hoje pagam menos podem ser os mais prejudicados.
- Split Payment → tributos serão descontados automaticamente na venda, reduzindo a liquidez imediata.
- Aproveitamento de créditos → despesas como aluguel, energia e insumos poderão gerar créditos, mas prestadores de serviço costumam ter poucos gastos creditáveis.
👉 Resultado: para muitos serviços, a carga tributária tende a aumentar.

Quem pode ser mais impactado
- Advogados, consultores e profissionais liberais → margens altas e poucas despesas dedutíveis → risco de aumento da carga.
- Empresas de tecnologia e startups → alto custo com pessoal, mas poucos créditos → perda de competitividade.
- Clínicas e consultórios médicos → alta receita e pouca dedução → impacto significativo.
- Representantes comerciais → já sofrem no Simples, e podem ter custo maior nos novos regimes.
Estratégias para se preparar
- Revisar o regime tributário: em alguns casos, Lucro Real pode ser mais vantajoso que Presumido ou Simples.
- Reestruturar contratos e preços: repassar o impacto tributário para clientes de forma clara e estratégica.
- Investir em planejamento tributário: simulações com IBS e CBS podem revelar oportunidades de economia.
- Organizar o fluxo de caixa: o Split Payment vai exigir mais capital de giro e reservas.
- Criar estruturas societárias inteligentes: holdings e reorganizações podem reduzir o peso da tributação.
Conclusão: serviços precisam agir agora

A Reforma Tributária vai sim aumentar a carga tributária de muitos prestadores de serviços, especialmente os que hoje se beneficiam do Fator R ou que têm poucas despesas dedutíveis.
Mas não é hora de desespero — é hora de estratégia. Empresas que fizerem planejamento tributário, revisarem contratos e ajustarem preços podem transformar esse cenário em vantagem competitiva.
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